terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

“O tempo não passa e não é um relógio. Nós passamos e são os nossos relógios que fazem tique-taque. O tempo vai devorando tudo através da historia, silenciosa e inexoravelmente, como o sol se levanta no Leste e se põe no Oeste. Ele destrói civilizações, corrói antigos monumentos e engole gerações atrás de gerações. Por isso é que falamos dos “dentes da engrenagem do tempo”: o tempo mastiga, mastiga... E somos nós que estamos no meio de seus dentes.”

O dia do Curinga. Oito de Ouros. Pagina 267.




Achei apropriado esse trecho do livro para uma coisa que eu fiz hoje: fui ler meu caderno de anotações de coisas importantes. Foi um pouco doloroso lembrar detalhadamente dos meus momentos mais felizes com o Farm, mas foi muito esclarecedor e construtivo para mim.
Eu percebi realmente que tudo esta nas mãos do tempo e que o tempo é uma caixinha de surpresas. O tempo destruiu umas três “Layses” antes de me deixar ser essa Lays aqui. Ele tirou e acrescentou coisas boas e ruins no meu caminho para que hoje eu pudesse ser assim. E em breve ele vai mudar tudo de novo. O problema mora justamente ai: eu não quero que o tempo decida por mim, eu não quero ter que escolher as opções dele. O tempo esta sendo cruel comigo: me deu toda a felicidade por um período e me tirou ela toda de uma vez, me deixando sozinha com meus pensamentos. Me mudou de uma garota feliz e sorridente para uma idiota que não quer mais nada. Mas eu não tenho medo e não sou covarde. Vou deixar o tempo passar e me torturar, mas vou me esforçar para ter um futuro mais tranqüilo onde haja opções que me agradem. Eu sei, a vida não tem só que agradar, mas isso seria motivo suficiente para eu me conformar e ficar aqui parada agüentando calada essa dor? Eu tenho que me esforçar e lutar para ir para onde eu quero e fazer o que eu quero. Não é por que eu só peguei cartas ruins que eu não posso fazer um bom jogo. Vai ser um jogo difícil e sofrido para mim e talvez eu nem vença, mas não ficarei de fora.

Para falar a verdade eu não sei o que pensar nem o que fazer. Eu me sinto perdida como nunca estive na vida, me sinto em duvida e sozinha, mesmo sabendo que não estou... Eu gostaria de saber a verdade sobre tudo que me aflige, mas eu não sei como formular as perguntas.

Nenhum comentário: