quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Fotografia

Minha visão é uma coisa engraçada, ela nunca foi normal. Nasci vendo o mundo em movimento, como se tudo tremesse. Meus olhos se movem sempre que eu tento fixá-los em algum ponto, não me deixando ver com nitidez esse ponto.
Hoje estava tendo uma conversa com um artista amigo meu e fiquei pensando sobre essa questão da visão.
Meu amigo é formado em Artes Plásticas, mas se não fosse, não faria diferença, um diploma não é capaz de medir o talento que ele tem.
Com ele, descobri e descubro há cada dias coisas sobre mim mesma que me assuntam um pouco.
Hoje estávamos falando sobre fotografia, coisa que estou aprendendo por gosto e com gosto, com uma camera doméstica simples.
Parei para pensar um pouco sobre o que me interessa na fotografia e descobri coisas interessantes:
Eu gosto de fotografar pois vejo pequenos detalhes que passam despercebidos pelo resto do mundo, fazendo com que eles pareçam pouco importantes.
E isso não é só nas minhas fotos que eu vejo, é na minha vida. 
Meus problemas são por pequenos detalhes, quando me visto penso nos pequenos detalhes, reparo neles em tudo que faço e os valorizo. 
Alguns pequenos detalhes tornam as coisas e as pessoas mais bonitos e interessantes para mim.
Nunca fui boa em desenhar, pintar, tocar instrumentos ou mesmo fazer bonecos de massinha.
Minha arte é a fotografia, pois nela eu consigo passar um pouco do que eu vejo e sinto, ao mesmo tempo.

-Bom, vou postar aqui algumas fotos que eu tirei e gostei, não são grandiosas nem superprofissionais, são detalhes e visões que me agradam, se alguém gostar do assunto, visite meu flickr.

















quinta-feira, 28 de julho de 2011

Respeite.


Pra viver pacificamente com os outros o mais importante é o respeito.
Não fazer com os outros o que eu não quero que façam comigo é a lição mais importante que aprendi na vida.
Posso não conseguir seguir essa regra à risca, mas tento fazer o melhor possível.
Algumas pessoas dizem: “Nós seres humanos somos todos iguais, devemos ser tratado da mesma forma”. Esse tipo de frase me revolta: nós não somos todos iguais. Temos culturas diferentes, aparências diferentes, histórias diferentes, vontades diferentes, crenças diferentes, identidades diferentes... as diferenças são tantas que não da pra mostrar aqui.
Por isso, não peço a ninguém por igualdade, peço por respeito.
Não peço para que todos tenhamos as mesmas coisas, mas para que todos tenhamos oportunidades de acordo com as nossas necessidades, com nossos hábitos culturais.
Simplesmente não suporto hipócritas que falam de igualdade e gastam dinheiro com roupinhas caras, que falam de paz financiando o tráfico de drogas, que vão à protestos de todos os tipos mas não fazem nada quando veem algo de ruim acontecendo...
Não gosto de heróis de butique, revolucionários da maconha, nem nada do tipo.
Aja de acordo com sua ideologia, conheça sua ideologia, invente a sua ideologia...
Se você souber fazer isso com respeito, tá ótimo.

domingo, 24 de julho de 2011

Tédio.


Eu sinto falta de mim mesma.
Eu sinto falta da minha expressividade, da minha vontade e da minha sede por conseguir fazer meus planos darem certo.
Sinto falta das confusões que eu mesma causava, da emoção que a vida tinha.
Sinto falta da dor que me motivava a mudar e de me sentir exageradamente feliz por coisas bobas.
Sinto falta do meu senso de humor, da minha irresponsabilidade.
Sinto falta da minha aprência, do meu peso, das minhas roupas.
Sinto falta de alguns amigos, de me preocupar só com dever de casa e com a bagunça do fim de semana.
Sinto falta de tudo isso porque me sinto velha e chata.
Sou pouco expressiva, choro pouco, não escrevo mais.
Sou extremamente responsável, penso nas minhas atitudes mesmo não estando sóbria.
Não me sinto triste de mais nem feliz de mais.
Não sou uma pessoa sorridente, nem engraçada.
Engordei, minha cara engordou e não tenho mais estilo.
Tenho poucos amigos que eu realmente quero por perto.
Acho que me deixei cair num grande tédio e não sei como sair dele.
E meu tempo continua saindo.

sábado, 23 de julho de 2011

Reencontro



Hoje vou encontrar pessoas importantes e isso me trás sensações bem boas.
São pessoas que estiveram sempre ao meu lado (literalmente) há um tempo e agora já não estão, mas ainda assim, não perderam a importância para mim.
Algumas coisas que passamos na vida são bem difíceis e nos transformam de maneira definitiva, como por exemplo, ficar longe das pessoas que amamos.
Muitas vezes acabamos fugindo, não querendo ver nem ter notícia,  pois dessa maneira é mais fácil encarar a distância e a saudade.
Mas, com o passar do tempo, vamos descobrindo que a fuga facilita e torna menos doloroso, mas ela não apaga sentimentos, os deixa em suspenso. E as vezes eles vem à tona. 
Não gosto de assuntos mal resolvidos, não gosto de jogar nada pra debaixo do tapete. 

Ps1: Achei essa imagem engraçada.
Ps2:  E isso é o que acontece quando eu tento me forçar a escrever :S

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Volta.

Eu devia desistir, é fato.
Não sei se resta em mim a capacidade e a vontade de escrever com certa frequência, como eu fazia antes.
Mas cá estou eu, voltando à meu velho amigo pra relembrar um pouco a sensação de leveza que a escrita me trás.
Estou há quatro meses sem postar e nesse período não aconteceu nada de muito interessante. Eu simplesmente concluí o semestre com notas razoáveis, arrumei um trabalho, ganhei amigos novos, perdi amigos velhos e só.
Mentira! Esqueci algo legal: fiz figuração no filme "Somos tão jovens" que vai mostrar a adolescência de Renato Russo.
É, mas tirando isso, minha vida tem sido um tédio e acho que é sobre isso que vou dissertar na próxima postagem.

terça-feira, 15 de março de 2011

Argh

Escrever pra mim é uma forma de me entender e de entender o mundo. Passei um tempo longe desse hábito e agora me sinto mil vezes mais... perdida, na falta de uma palavra melhor.
Digo isso por que há um tempo já não sei quem sou, não consigo me decidir, me organizar ou focar em nada
Vou voltar, vou voltar a única arte que eu tenho ânimo para criar. Vou voltar por que preciso encontrar, me encontrar. Algumas coisas que acontecem por ai me fazem ver a fragilidade do ser humano e me fazem me questionar sobre minha existência. Sei que a busca de um significado para isso tudo é complexa e praticamente impossível, mas eu preciso fazer isso, eu preciso me organizar.
E eu estou agora apreciando de volta a sensação de ter tanto pra dizer e não saber como, eu preciso escrever, eu preciso organizar minhas ideias. Eu preciso tirar essa angustia, esse nó na minha garganta que me consome. Eu definitivamente não tenho mais como dizer nada e isso me doi.